26 de julho de 2016

Setor sucroenergético discute “O futuro que queremos” durante abertura da safra do Nordeste em João Pessoa


Jocélio Oliveira
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Preço do etanol, geração de empregos e impacto no clima estão na agenda da discussão que pretende avaliar perspectivas do setor

Por Maryellen Bãdãrãu

Representantes de toda cadeia produtiva do setor sucroenergético se reunião em João Pessoa, no anexo da Estação Cabo Branco, entre os dias 17 e 18 de agosto para discutir o cenário desejado de sustentação econômica para produção do etanol. O debate acontecerá dentro da ‘Abertura da Safra do Nordeste’, que será realizada pela primeira vez na Paraíba, em conjunto com o evento chamado ‘O futuro que queremos’. Ambos são promovidos pelo Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool do Estado da Paraíba (Sindalcool), em parceria com o Sindaçúcar dos estados de Pernambuco e Alagoas.

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Edmundo Barbosa, presidente da Sindalcool.

A programação conta com diversas palestras que pretendem fazer um diagnóstico financeiro atual do setor, além de discutir as perspectivas e avaliar as condições do mercado em relação à produtividade e competitividade. Segundo presidente do Sindalcool-PB, Edmundo Barbosa, o fato de a Petrobras não ser mais responsável pela totalidade do abastecimento nacinoal, além da venda da Transpetro e da BR Distribuidora (que atendia 70% do Nordeste), são fatores de incerteza no mercado já que a logística passa a ser assumida também pelas distribuidoras. “O mundo está mudando rápido. Agora são as Distribuidoras que vivem as incertezas que as usinas e fornecedores sempre viveram. Por isto cabe a pergunta qual é o futuro que queremos?”, avalia Edmundo.

No médio prazo, esse contexto influenciará a política de preços do etanol, atingindo diretamente os consumidores, ao mesmo tempo em que pode proporcionar abertura de postos de trabalho. Isso porque durante a última Conferência do Clima, em Paris, o governo federal assumiu o compromisso de ampliar a produção do combustível no país, que saltaria dos atuais 31 bilhões de litros, para 54 bi, em 2030. Essa política tem em vista a diminuição dos impactos tanto no meio ambiente, quanto na saúde, com a diminuição da poluição provocada pelos combustíveis fósseis.

A conferência irá possibilitar uma avaliação conjunta do setor sobre a safra, o mercado e as perspectivas futuras, que serão discutidas com os principais empresários, diretores e dirigentes representativos das empresas do setor, junto a membros do Fórum Nacional Sucro-energético. O principal conteúdo das exposições diz respeito a importantes assuntos da cadeia produtiva, dos setores e da produção; comércio nacional e internacional e bancos e distribuição e revenda de combustíveis, focando no Nordeste.

Além da presença dos palestrantes, que são autoridades na área sucro-energética e que vão debater sobre o cenário atual e projetos para melhorias, a cerimônia de abertura contará com a participação de convidados de honra como o Ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o Governador, Ricardo Coutinho, o Diretor de Abastecimento da ANP, Aurélio do Amaral, parlamentares de estados da região nordeste, secretários de estado da agropecuária, receita e desenvolvimento indústria e comércio.

O presidente da Sindalcool enfatiza a relevância da discussão que será apresentada no evento e que um dos principais pontos em evidência será economia e tecnologia. “É preciso que existam políticas públicas na área álcool para que possamos reduzir a incidência de consumo de combustíveis fósseis. Por outro lado, também queremos reverter a maré de pessimismo que o setor vem enfrentando com o fechamento de usinas e postos de trabalhos”, falou.

As inscrições para o evento estão abertas e de forma gratuita, os interessados devem preencher o formulário de participação no link a seguir: https://goo.gl/JXRsE9

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